O que há por trás dos sonhos
Imagem por FreePik. |
Quem me acompanha
nos últimos anos (tem alguém aí?), já me viu passar por várias fases. Comecei
esse blog de autor em 2011, mais porque “todo escritor deve ter o seu
cantinho”. Era mais ou menos isso que tinha em mente. Antes desse, já surgiram
outros dois que acabaram no limbo. O Stock
Mídia e o Correio Jovem. O
primeiro era um blog sobre tudo, qualquer coisa que estivesse relacionado a
mídias e afins. O segundo foi o blog do jornalzinho que eu fazia no ensino
médio, em 2010 (vide aqui).
O fato é que
muitas coisas aconteceram nos últimos cinco anos. Em 2010 comecei a escrever
meu primeiro livro — e eu achando que seria fácil. Isso foi em dezembro e
não saiu mais do que os dois primeiros capítulos. No ano seguinte o concluí e
dele surgiram mais duas continuações, dando vida à Trilogia Mutantes (não, não é Caminhos
do Coração). Foi daí que surgiu a ideia para Crônicas de Onyx e, deste, para Maxon
Carter. Muitas ideias, pouco tempo.
Engavetei a
primeira história que escrevi e parti para Onyx, que chega ao fim este ano!
Maxon Carter deu o ar de sua graça entre 2011 e 2012, mas resolvi engavetá-lo
também. Ele não está pronto para ir ao mundo com todo seu esplendor. Ainda é um
sonho que deve ser muito bem estruturado.
Agora você deve
estar se perguntando: “Tá, e daí?”.
Com o tempo
passando, a gente cresce, tanto em tamanho como em seres-humanos, nossos sonhos
mudam e nossas vontades se refazem. Não seremos sempre os mesmos durante a vida
toda. Assim como livros, somos escritos, reescritos, lapidados, consertados,
buscando a perfeição. Mas nunca vamos alcançá-la. Nossos sonhos também podem não
serem perfeitos, mas é o que nos instiga a ir em frente, é o que podemos somar
aos nossos ideais. Juntos, eles nos guiam por essas vias esburacadas da vida.
Depois de muitas
fases e mudanças que passei, descobri o que eu quero ser para a vida toda. No
começo achei que por no papel tudo o que estava em minha mente era só uma forma
de me livrar de tantas ideias e pensamentos. Às vezes ainda tenho vontade de
gritar “alguém tira esses personagens da minha cabeça!”. Porém, não é só isso;
percebi ao longo do tempo que há muito mais por trás disso. Descobri que eu
tinha sim algo a dizer para as pessoas, além de entretê-las, claro! Não sou bom
em me expressar verbalmente, nunca fui, mas foi na escrita que me encontrei,
foi aqui que achei a forma de dizer o que eu tinha medo de dizer em alto e bom
som. E é com ajuda desses serezinhos que vivem em minha mente, que externo meus
mais variados pensamentos. Aqui é que percebo: não, eu não quero perder meus
personagens, podem todos povoar meu cérebro.
Mas o que está por
trás dos meus sonhos?
Muito trabalho,
muitas ideias a serem lapidadas, muitos mundos e vidas a serem criados. Ainda
há muito o que ser transformado e a me
transformar. Afinal, eu sempre aprendo alguma nova lição com meus filhotes e
sei que isso me faz bem. Acho que é a forma que encontrei de me conhecer melhor
e de também levar algo novo ou uma releitura aos leitores, além de
entretenimento.
Talvez eu tenha
fugido um pouco do tema principal proposto aqui, mas o fato é que por trás
daquilo que produzimos, do que sonhamos, sempre haverá algum empecilho.
Descontentamento com o mercado, um branco repentino, uma ideia que não é
suficiente para superar outras, depressão… Enfim, por trás de nossos sonhos
deve haver esforço. Não falo isso apenas como escritor. Se quisermos alcançar o
que queremos, devemos colocar a armadura, tirar a espada da bainha e, se
precisar, lutar por essa vontade. O que não podemos é desistir.
É o que eu tento
fazer.
É o que você pode
fazer.
Até a próxima!
Elton Moraes
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