ELTON MORAES

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Não seria o Jardim do Éden, além do berço da humanidade, um experimento sobre a criação e a evolução? Com essa ideia (já abordada nos meus livros), apresento a vocês o Edenverso — universo expandido em que todas as minhas histórias já publicadas se passam e, às vezes, se cruzam.

O Edenverso não foi planejado desde o começo, embora eu tenha uma ideia de aonde quero chegar agora. Os primeiros indícios de estereggs e crossovers vieram em “A Relíquia da Vida” (2016), e daí em diante só foram aumentando. Daí, veio a vontade crescente de dar um nome a tudo isso, e foi vendo o projeto do Astraverso, da Alycia Carvalho, que veio o estalo para organizar o meu próprio multiverso.

AVISO

Vale ressaltar que alguns dos conceitos citados abaixo ainda não foram oficializados nos livros e podem sofrer alterações ao longo do tempo. Além do mais, o conteúdo a seguir possui pequeninos spoilers sobre as conexões, não necessariamente sobre as tramas.

Dado o recado, segue uma introdução abaixo e uma possível linha cronológica ✨

APRESENTAÇÃO


Ações divinas e celestiais desencadearam todo tipo de reação no Universo, fazendo a realidade se dividir no que foi chamada de Dimensão Espelhada. A partir dela, surgiu o multiverso, fazendo com que cada universo ali presente pudesse ter milhões de possibilidades.

Um desses mundos “espelhados” é a própria Terra, aqui definida numericamente para facilitar (alô DC 🗣️), e cada uma seguindo uma raiz: a fantástica, a pós-apocalíptica e a distópica.

Mundos fora da nossa galáxia ganham vida nas formas de Onyx — um dos mundos primordiais mais novos — e Gan Eden — um dos mais antigos e mais avançados (apenas citado até o momento, mas que promete ganhar uma série própria).

Com a expansão do multiverso e da evolução humana, uma guerra pelo controle do Universo foi travada. Dimensões paralelas se criaram e divindades e celestiais se retiraram após a queda dos anjos e a “derrota” dos demônios.

As dimensões estabelecidas são: Arcádia, a Dimensão da Luz; Agartha, a Dimensão Crepuscular; e o Abismo, a Dimensão das Trevas. Há também o Outro Lado, o mundo espiritual, um véu que cobre todo o Universo e, consequentemente, se liga a todas as dimensões citadas.

CRONOLOGIA E CONEXÕES

É difícil estabelecer uma cronologia EXATA entre os acontecimentos dos livros, uma vez que personagens se cruzam aqui e ali, no presente ou no futuro, às vezes em duas séries ao mesmo tempo.

Mas vamos lá, começando com algumas conexões sem spoilers:

✨ Fênix é uma criatura cósmica e elemental do éter — também chamado de quinto elemento, espírito ou matéria escura — que transita em todas as séries, após o livro em que estreou, Fênix: A morte não é o fim de tudo (2015).

Sua primeira aparição extra é em A Relíquia da Vida (Crônicas de Onyx, vol. 4).

A segunda, em Futuro Conquistado (Futuro Renegado, vol. 2).

As outras são em Maxon Carter 3 e 5, tendo até um papel relevante para alguns personagens.

✨ David é um morador da Terra que tem um papel importante a desempenhar em Onyx, em CdO4. Seu irmão Gael, no entanto, é um personagem da série Maxon Carter, e David acaba transitando em ambas as séries.

✨ A história de Clon (da duologia de contos A Terra de Clon), da Terra 2, é mencionada em Futuro Conquistado (Terra 3) e pode ou não ser relevante em Futuro Resetado (Futuro Renegado, vol 3).

✨ Falando em Futuro Conquistado, uma das personagens tem o poder de ver as múltiplas realidades e acaba enxergando um garoto mágico aí… E ele também a enxerga. E ambos até trocam algumas palavrinhas.

Linha do tempo por ordem de acontecimentos e datação da Terra — pois Onyx possui medida de tempo diferente:

 

Também é possível (e aconselhável pra quem não quer perder nadica) ler por ordem de lançamento…

 

…embora as conexões ESCANCARADAS são mais vistas aqui:


PRÓXIMOS LANÇAMENTOS

✨ Confirmados para 2021: Maxon Carter e a Inquisição de Mordred (vol. 4) e Maxon Carter e a canção de Excalibur (vol. 5).

✨ Para 2022: Futuro Resetado (Futuro Renegado, vol. 3), que vai abordar o extremismo dentro da própria comunidade LGBTQIA+.

✨ Nesse meio tempo, Crônicas de Onyx volta com capas novas e segunda edição.

✨ De 2023 pra frente, possíveis spin-offs de Maxon Carter e Onyx!

 

E por aqui findamos a tour pelo Edenverso!

Me conta aqui: o que você achou de todo esse universo? Tem algo que já leu dessa lista ou se interessou em conhecer?

Robert V. Ruggier (Unsplash)


Algum tempo atrás, eu postei um texto com o título A importância de personagens LGBT+ falando sobre a presença desses personagens na literatura e em mídias em geral como uma forma de mostrar nosso cotidiano também na ficção.
Com o tempo e o florescer de debates sobre gênero na internet, me veio à mente ideias primordiais para uma continuação daquele texto. Ao mesmo tempo em que via muitos escritores defendendo com unhas e dentes a presença de personagens gays e lésbicas, por exemplo, também era possível notar a presença “marcante” daqueles que se negavam a pôr um personagem em seus escritos por “cota”, por “não saber escrever” ou por simples desinteresse de representar uma sexualidade que não fosse a heterossexual.

E é sobre isso que vim tratar aqui.

O desinteresse pela sexualidade


É muito fácil alguém chegar e dizer que a sexualidade do personagem não é relevante, que “Isso não muda em nada na história” ou “O que importa é o enredo”. Essa pessoa pode estar certíssima — eu até concordo em parte —, dependendo do tipo de história que se quer contar.
Porém (e aqui há um gigantesco PORÉM), é notório que em toda história o escritor se preza em desenvolver a personalidade da sua personagem, seja ela não-binária, homem, mulher, criança ou velho. E com isso quero dizer que há um background, um pano de fundo, para a vida e existência daquela figura; e caso você não descreva todos os pontos importantes e essenciais para se criar um vínculo entre persona-leitor, o escritor perderá pontos.
E aqui entra a representatividade.
Quando você não menciona/descreve sobre a sexualidade do seu personagem, é senso-comum que independente de ser masculino ou feminino, automaticamente vamos vê-lo como heterossexual. Agora, se em algum momento, mesmo que você não diga “FULANO É VIADO/SAPATÃO”, se um de seus personagens demonstra afeição ou beija outro personagem de mesmo sexo, a representação se torna — em parte — real.
Ou seja, você não precisa passar metade da sua história dizendo que seu personagem é isso ou aquilo, basta apenas uma cena ou duas e um diálogo ou outro para mostrar um pouco mais da profundidade e das camadas que formam seu personagem.
Um exemplo disso, creio eu, é a personagem Shura (Diário Simulado), de Delson Neto. Ela é lésbica, tem uma namorada que ama, mas esse não é ponto central da narrativa, e sim as simulações e todo o ar de ficção-científica construída na cidade de neon que é Nova Avalon, onde se passa a história. Suas relações aqui, seja com a namorada ou com o irmão, por exemplo, só se tornam algo a mais, dando peso à protagonista.


“Deixei de ler LGBT por não ter hétero”


Ok, mas você já parou para pensar em todas os romances heterossexuais sem um LGBT? “Ah, mas não é o foco da narrativa”. Mas um romance puramente LGBT tem que ter um personagem hétero mesmo se não for o foco, então?
Sim? Não? Pera, dá para entrarmos em um consenso.
A meu ver, a importância da representatividade LGBTQI não está apenas em literatura de gênero, mas em como você aborda a vida de um personagem. Como mencionei acima, você não precisa rodar em torno da sexualidade, mas abordar isso de forma a dar sustância ao indivíduo da história.
Por exemplo, quando um romance (seja ele um terror, fantasia, sci-fi, etc) se utiliza desse “mecanismo” dentro de uma história heteronormativa, ajuda a construir uma certa empatia por personagens gays, lésbicas, trans e bissexuais. Torna comum a identidade de gênero.
Não há necessidade de eles serem ativistas o tempo todo (ainda que seja um tema importante a ser explorado), muito menos suas vidas precisam ser pautadas em cima da sexualidade, mas torná-los visíveis gera (ou pode gerar) uma melhor receptividade tanto na vida real, quanto na narrativa — ainda mais se o personagem se mostra LGBT e tem uma importância dentro do contexto da trama.
No fim das contas, não estou dizendo que é OBRIGATÓRIO colocar um personagem LGBTQI em sua história. Meu dever aqui é apenas pontuar e defender a importância desses personagens para representar uma sociedade cada vez mais diversificada — e como dizem que a arte imita a vida…
Agora, se você ficou interessade(o/a) sobre o tema, mas é do tipo que não escreve sobre gênero porque “não sabe”, então o meu próximo texto é para você, no qual falaremos sobre estereótipos e como fugir deles (ou não).

*
Fica aqui minha indicação de livros que abordam sexualidade de forma sublime:
Ordem Vermelha: Filhos da Degradação (fantasia), Felipe Castilho
Série A Rainha Vermelha (fantasia), Victória Aveyard
Série As Provações de Apolo e Magnus Chase e os Deuses de Asgard (fantasia), Rick Riordan
Shura – Nada é real e Diário Simulado (ficção científica), Delson Neto
Ninguém Nasce Herói (ficção), Eric Novello
Todo Dia (ficção), David Levithan
Segundo o site Significados, Literatura

é a arte de criar e compor textos, e existem diversos tipos de produções literárias, como poesia, prosa, literatura de ficção, literatura de romance, literatura médica, literatura técnica, literatura portuguesa, literatura popular, literatura de cordel e etc. A literatura também pode ser um conjunto de textos escritos, sejam eles de um país, de uma personalidade, de uma época, e etc.

Você deve estar se perguntando o motivo de eu começar esse texto com uma citação tão longa. Não é com a intensão de esfregar algo em alguém (oi?), mas a de dar significado ao que vou falar em seguida.

Como vocês sabem (ou não), ano passado fiz uma pesquisa online chamada Gostos Literários, que teve um bom retorno. Foram quase 400 participantes quando sequer achei que daria uma centena. De qualquer modo, as respostas vieram e muitas delas me surpreenderam. Principalmente as da pergunta sobre o que as pessoas não consideravam literatura.

Dentre as respostas temos distopia, young adult, biografia, autoajuda, fanfic, hot (erótico), LGBT, livros acadêmicos, poesia, sci-fi, sick-lit e — pasmem — romance (talvez a pessoa tenha dito sobre o romance romântico, o que… né). E a melhor resposta: “Histórias escritas sem dedicação”.

Claramente, não vou entrar no mérito de descrever cada um desses gêneros, subgêneros ou categorias. O que me cabe aqui é analisar sobre a importância da literatura como um todo.

Mas qual a sua importância?

Ao meu ver, existe um certo preconceito literário. Esse foi o termo (se é que posso chamar assim) mais próximo que encontrei enquanto recolhia as respostas. Sem pender apenas para o nacional, o que já carrega uma bagagem e tanto, peguei-me a lembrar das várias vezes em que vi discussões em redes sociais, a de que “X” e “Y” são tidos como literatura enquanto “Z” não é.

Mas como diz a citação lá em cima, Literatura “é a arte de criar e compor textos”, incluindo os científicos/acadêmicos; incluindo a poesia, incluindo as ficções científicas. Não é porque um texto não traz fundamentalmente algo ultra, mega, hiper profundo e extremamente reflexivo, que você não pode, de alguma forma, ser tocado pela aquela escrita do clubinho “Z”.

“Tudo o que se escreve é literatura”, disse alguém em uma resposta, ao passo que outro falou “Toda obra escrita é um gênero literário. Não é porque uma pessoa não se identifica com algo que este deixará de ter valor”.

(Estou escrevendo com os pés porque as mãos estão ocupadas aplaudindo).

Este é o “x” da questão.

O valor real da Literatura, como um todo, não é algo sólido nem fixo para todos. O valor da Literatura está em como você é afetado por ela. Enquanto obras que são glorificadas como “Alta Literatura” nem sempre vão te fazer algum bem ou trazer algo relevante, os populares podem revolucionar sua vida.

Mas toda história precisa ser relevante?
Não.

Eu acredito que uma história tem que te tocar, esse é o papel fundamental da Literatura, ao meu ver. E se ela apenas te diverte, significa que, do mesmo modo, está te trazendo algo bom: um momento de descanso, um momento para respirar. Nem todos os livros serão profundíssimos. Nem todos vão apenas entreter. Mas todos possuem uma história, todos fazem parte de uma Literatura, seja ela alta, baixa, um gênero por si só ou um subgênero.

Nós, como leitores, fazemos a Literatura.
E nós, como contadores de histórias, somos Literatura.

Eis aqui minhas primeiras e últimas palavras. Eis aqui um desabafo.

Para quem não sabe, atualmente, estou trabalhando bem longe da minha formação acadêmica. Nem sempre a vontade(zinha) de trabalhar na área se faz concreta, porém, esse não é o problema. O problema são as pessoas com quem somos forçados a trabalhar (e a conviver, de um modo geral).
Ultimamente, venho sofrendo um pouco de repreensão/assédio (é isso que se diz?). Não é diretamente a mim, mas é ligado ao que sou.

E eu sou gay.

Para muitos vai ser “haha, quem não sabia, miga?”, mas para outros pode ser um escândalo. “Como o prodígio, o perfeitinho da família, pode ser assim?”. É, minha gente, eu cresci para ser o The Best, porém, não é isso que quero. Minha sexualidade só se revelou como algo mais. Algo intrínseco a mim. Algo que me ajudou a fugir da fachada que criaram a minha volta.

Mas foi difícil entender o que eu sentia e me aceitar. E foi ainda mais difícil acreditar que isso era algo normal. E ainda mais, revelar para minha mãe minha natureza. Algo que nem todos da família sabem (e podem estar sabendo nesse momento).

Onde quero chegar, você deve estar se perguntando.

Pois bem, como mencionei, às vezes somos forçados a conviver com pessoas que não entendem a gravidade de determinados assuntos, ou simplesmente abstraem isso da mente. Afinal, não é algo que as atingirá diretamente. E, com isso, abre-se espaço para a famigerada homofobia velada em tom de brincadeira.

Essas brincadeiras, raramente são direcionadas a mim, porém, convenhamos, é algo que incomoda. Dizer que um vai comer o outro, como se isso fosse algo promíscuo ou uma forma de diminuir o outro e ofender, não é a melhor coisa a se ouvir. Sem dizer quando você é obrigado a ouvir “aqui veado a gente trata na bala”. Oi, migo?

Cadê o profissionalismo? Cadê o respeito?

Eu sempre digo: não quero que todo mundo me “aceite”, não quero biscoito nem ser paparicado por ser gay. Quero ser respeitado. Assim como muitos que nem eu. Assim como você. E todo o resto do mundo.

Quando digo que essa poderia ser uma carta de despedida, você até pode pensar “que exagero”, entretanto, talvez, você não esteja inserido no mesmo círculo que eu, em que todo dia algum LGBT+ sobre opressão, discriminação ou é assassinado. Ou se mata, simplesmente por não aguentar a pressão social que vai contra tudo aquilo que acreditamos. Aquilo que queremos ser. Simplesmente porque somos.

Ouvir comentários homofóbicos e ameaças veladas, mesmo que não direcionadas a mim, incomodam, irritam, tiram um pouquinho da esperança que tentamos construir diariamente. Esperança de que as coisas possam melhorar. De que os esforços de milhares de pessoas ao redor do mundo possam resultar em bons frutos.

Tudo isso, vai se calando cada vez mais dentro de mim quando pessoas que estão em posição superior e são responsáveis por uma equipe, se posicionam de uma forma “neutra” — leia-se “fugindo de problemas que não são meus porque estou confortável participando de joguetes que não me atingem de nenhuma forma”. Por favor, se você é ou um dia for, não seja esse tipo de chefe.

Sendo uma pessoa que tende para o lado negativo, eu poderia fincar todas essas atitudes em minha mente como uma bola de demolição e, lentamente, destruir os castelos que construí em minha mente. Fortificações essas que me confirmam e reafirmam que não há nada de errado comigo. Nem com você, leitor LGBT+.

A questão é…

O problema está na construção social e cultural.

E talvez nossa geração não seja a responsável por mudar esse pensamento. Nem todos estão aptos a isso. Nem todos querem entender o sofrimento alheio ou simplesmente digerir o fato de que ele existe e não é mimimi.

Apesar de biologicamente “iguais”, somos diferentes em cores, tamanho e formas de lidar com situações. Isso é algo que precisamos respeitar.

Mas cabe a nós, de semente em semente, semear um pouco mais de empatia àqueles que buscam por compreender e, por que não, respeito e amor.
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O autor

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Formado em Comunicação Institucional, escritor nas horas vagas e viciado em café, Elton Moraes é viajante dos mundos de faz de conta e criador do Edenverso - o universo compartilhado em seus livros.

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