America Star Books: Você Pode Ser o Próximo

Nesta semana, mais exatamente na quinta-feira, aconteceu-me algo curioso. Abri minha caixa de entrada e dou de cara com o e-mail de uma empresa chamada America Star Books. Para meu espanto (e, confesso, alegria momentânea), eles estavam me oferecendo a tradução do meu livro para o inglês e sua comercialização nos Estados Unidos e Canadá. Por que o espanto? Eu não precisaria desembolsar um centavo. Sim, seria de graça!
            Depois de trocar algumas palavras com uma amiga, decidi responder o e-mail da mulher que me contatara (nota, ela me achou através do meu blog). Perguntei como havia me encontrado, quais eram os termos de tradução e se realmente era tudo gratuito. Afinal, se isso fosse sério, uau!, seria um máximo. Eis que ela me respondeu na sexta-feira, enviando o contrato, já com o meu nome nele, para eu ler e assinar. (Oi?)
            Li o contrato de tradução e edição, e pedi uma ajudinha extra. Primeiro: o documento não parece transmitir aquela seriedade que lhe é necessária. Segundo: o negócio parecia estar funcionando rápido e fácil demais. E em terceiro, as mil maravilhas do contrato: possibilidades de seu trabalho ser disseminado em outras mídias, como TV (filme, série), rádio e também em formato e-book. Para — talvez — tudo isso acontecer, você deve assinar o contrato por míseros 3 (TRÊS) anos!
            Mas aí tem gente que pensa: “Ah, mas três anos não é muito”. Não seria, caso a editora não fizesse capas pouco chamativas, não colocasse preços altíssimos nos livros e, segundo alguns depoimentos que li, não fizessem uma péssima tradução. Sem mencionar que para haver uma melhor revisão no material o autor teria de pagar uma quantia um tanto alta (mas espera, não era de graça?). Ah, já mencionei que o contrato diz que não será cobrado nada caso uma das partes queira desfazer o acordo? Isso é o que está escrito, mas, alguns brasileiros que concordaram com as cláusulas, agora se arrependem porque a ASB (America Star Books) simplesmente nega o pedido do autor.
            Traduzindo: querendo ou não você ficará vinculado a eles por três anos.
            Outra coisa que li sobre a editora é que o pagamento nem sempre é feito corretamente, comumente havendo atrasos. Sem dizer que eles te pagam uma mixaria, sério. Ah, e tem mais: você já ouviu falar da PublishAmerica? Então, esse era o antigo nome da ASB. E sabe o que é pior? Segundo o site Tele Read, o antigo nome está cheio de ações contra seu papel editorial. Lindo isso, não? NÃO!
            Então, não se deixe enganar. Não se leve pelos comentários animados de autores e a boa ação descritos no site da empresa. Se você não está a fim de se preocupar depois, use a razão. Não desacredite em seu trabalho e bola para frente. Se um dia a oportunidade surgir de uma editora séria e realmente interessada em te levar a um novo patamar, abrace a causa. Até lá, fique sempre com uma pulga atrás da orelha com coisas do tipo e pesquise a fundo sobre a editora.

            Boa sorte a todos!

            Elton Moraes

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4 comentários

  1. É isso aí garoto não se deixe enganar, mostrou que é profissional. Amei

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    1. Não mesmo! E espero que esse post sirva de aviso para muitos outros autores!
      Obrigado pelo apoio, tia!

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  2. Bom saber!
    É sempre bom ficar esperto com esses convites.
    Gratidão por compartilhar sua experiência.
    Abraço
    Blog do Ben Oliveira

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    1. Deuses, agora que vi seu comentário, sorry! haha
      Pois é, sempre bom ficar de olho aberto para esse tipo de proposta!
      Abraço!

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