Capa e Prólogo de A Espada Elemental
Como prometido na fan page da série, trago hoje para vocês a capa final e o prólogo de A Espada Elemental, segundo volume das Crônicas de Onyx. E de quebra, a sinopse da história.
Não esqueçam: o lançamento será na segunda quinzena de janeiro de 2014 e online (provavelmente por Twitcam); e temos uma promoção imperdível de O Guardião Imperial rolando também (saiba mais aqui). E claro, não deixe de comentar o post, sua opinião é para lá de importante!
Sem mais delongas, o prometido:
Prólogo
Rapto
Haveria algo mais chato do que ficar
sentada ouvindo uma velha falando e lhe impondo ordens? A princesa Blair
Crystan não sabia, mas daria tudo para sair dali. Ela estava na sala das
refeições, usava um vestido azul rendado nas mangas longas e da cintura para
baixo, com sua professora de etiqueta, a Sra. Dambern. Esta tentava lhe ensinar
sobre como se comportar durante as refeições do dia, mas a princesa odiava isso
e mal prestava atenção.
Blair
não se sentia inteiramente uma princesa. Ela era muito moleca e adorava quando,
ao contrário de sua mãe, seu pai, o Imperador Asriel Crystan, deixava-a sair
para correr e brincar com as crianças camponesas do Povoado Imperial Crystan.
Ela queria se divertir. Se pudesse passaria o dia todo correndo e se divertindo
com as outras crianças. Mas isso era uma coisa que sua mãe, a Imperatriz Kassandry
Crystan, não permitia. Esta queria que sua filha fosse uma verdadeira dama e se
tornasse uma imperatriz de respeito. E para isso, também, teria de casar.
Contudo,
casamento não estava nos planos da herdeira do Império de Diamante. Mesmo com
seus dezesseis anos, a idade média de se casar. Ao contrário de muitas garotas
de sua idade, filhas de nobres, que já estavam se casando, repudiava a ideia.
Uma vez sua mãe quis lhe forçar a um casamento com o príncipe Danniel Gwey, para
formar alianças com o Império de Rubi. Mas a princesa foi teimosa e não se
casou. Como consequência, ficou de castigo por vários dias, trancafiada nos
interiores do castelo, sem ao menos poder respirar o ar límpido da natureza.
Quando
Blair achou que começaria a cochilar em cima da mesa, enquanto a Sra. Dambern
explicava como se manter numa posição ereta e elegante, seus olhos verdes
enxergaram um homem alto e corpulento que atravessou a entrada do salão, sem ao
menos bater.
–
Mas o que é isso? – protestou a professora, interrompendo-se. – Eu pedi para
que não nos incomodasse. Por favor, meu caro homem, queira se retirar. – Os
olhos castanhos da velha senhora demonstravam um incrível poder de persuasão.
O
homem se parecia com uma das sentinelas do castelo, mas Blair não o reconheceu.
Apesar do olhar da professora, ele não se intimidou e lançou um olhar fulminante
em resposta. A velha pareceu se amedrontar.
–
Desculpe-me, Sra. Dambern, mas o Sr. Crystan está esperando a princesa neste
exato momento no pátio central do castelo. – O olhar do homem encontrou os verdes
olhos da princesa. Pareciam brasas prontas para queimarem.
Quando
a Sra. Dambern abriu a boca para protestar, viu que Blair já estava ao lado da
sentinela, esperando segui-lo até seu pai.
–
Está bem – disse a professora, revirando os olhos e percebendo que não
adiantaria em nada dizer algo contra aquele ato. – Você está dispensada, mas só
por hoje. Volte amanhã, pois teremos que recompensar o tempo perdido.
A
princesa Blair assentiu, e seguiu o homem. A garota percebeu que nunca vira
aquela sentinela antes. Ele possuía cabelos castanho-ruivos e seus olhos, com
um tom avermelhado, pareciam que se incendiariam a qualquer momento. Ele era um
pouco diferente demais dos moradores do povoado. Deu de ombros, por fim, devia
ser mais um contratado de outro reino ou império.
Quando
eles chegaram ao pátio central – um espaço gramado encoberto no meio do castelo
imperial –, Blair estranhou, pois não havia ninguém ali, exceto por ela e a sentinela.
–
Ué, onde andas meu pai? – indagou a garota.
–
Resolvendo uns probleminhas, e eu, outros. – Com isso o homem agarrou a
princesa por trás, passando seu braço pelo pescoço, conseguindo, assim,
imobilizá-la.
O
ataque súbito a surpreendeu e arregalou os olhos, sem compreender o que
acontecia.
–
Soco… – tentou gritar, mas era inútil. O homem, com uma mão livre, pega uma mistura
de ervas no bolso e ateia fogo, produzido pela própria mão. Transformadas em
cinzas, força a garota aspirá-las. Ao inalar àquelas cinzas mornas, a princesa perde
a consciência nos braços do desconhecido.
Estando
ela desacordada, o homem põe a garota nos ombros e espera por alguns segundos.
Logo em seguida, ouve-se um grande assovio de vento, e, subitamente, parte da
cobertura em vidro do pátio desmorona ao redor dele, despistando-o magicamente.
Uma forte rajada toma conta do lugar, cercando-os. Mas antes de ser carregado
pelo vento, solta uma pequena placa metálica no chão. Era um broche. E logo em
seguida, segurando fortemente Blair, tem seu corpo erguido no ar e, lentamente,
é carregado para fora dali pelo vento.
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